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sábado, 27 de novembro de 2010

Teatro dos Horrores

Você é o grande protagonista deste circo. Com todos os figurantes aduladores ao redor, você se sente pleno de tudo.
Esse maravilhoso show parece não ter um fim, e a sua dor também não. Seu mundo está sendo roubado e modificado a gosto de terceiros. Mas você se conforma com isso e passa a ser um mero espectador da sua própria vida.
Assistindo-a mudar, você parece gostar da nova forma que dão para ela.
Eles congelaram seus sentimentos, arrancaram-lhe o cérebro e agora você é mais um fantoche neste teatro dos horrores.
É lamentável dizer, mas você é manipulado o tempo todo. E você não passa de um mero escravo deste desprezível sistema.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Indecifrável


Eu fujo de qualquer definição que tente me dar. Nada que existe me define. Talvez a Música, a Arte ou até mesmo a Desgraça.
Meu mundo não tem as cores do seu. Pálido e sombrio ele me satisfaz melhor que qualquer outro.
Não tente me entender quando algo que eu fizer ou disser lhe parecer fora do comum e de compreenção. Não sou do tipo de pessoa que se faz entender tão facilmente.
A transparência não é uma característica que me agrada. Pessoas transparentes demais perdem todo o encanto.
Eu sou o inferno congelado.
Eu sou a imensidão do nada.
Minha aparência é indecifrável aos olhos de qualquer um.
Minh'alma é infinita solidão.
Meu criador não é o seu, nem sei ao menos se tenho um.
Não tente me decifrar e não tente me derreter.